Novos Fiat podem atrasar até seis meses no lançamento
A pandemia do coronavírus já havia causado atrasos no cronograma de lançamentos da Fiat, com a Strada chegando às concessionárias só em junho. Mas outros novos veículos que a marca deve apresentar também terão atraso por causa da pandemia. Isso foi tema de uma live do portal Automotive Business com o presidente da empresa na América Latina, Antonio Filosa.
O executivo comentou sobre novos carros que a Fiat e a Jeep preparam para o Brasil até 2022 e também falou a respeito da expectativa para o mercado da região no período pós-pandemia. E o cenário, claro, não é nada animador. Para Filosa, o mercado brasileiro deverá fechar com cerca de 35% a 40% de queda em relação ao ano passado. Pior: os números na América latina só deverão retomar os índices de 2019 (que já foram inferiores aos de 2018) apenas em 2023.
Com o mercado menos aquecido e as modificações impostas pelo novo coronavírus, óbvio que alguns planos foram alterados, ou pelo menos atrasados, como a questão das importações das versões híbridas PHEV dos Jeep Renegade e Compass, além do novo Fiat 500 elétrico. No Brasil, Filosa confirmou que a FCA trabalha numa série de projetos que deveriam chegar ao mercado entre 2021 e o começo de 2022. Alguns deles, segundo o mandatário, serão postergados em até 6 meses, embora não tenha dito quais No entanto, alguns veículos já podem ser incluídos nessa lista, como renovações de Argo, Cronos, Mobi, Toro e Fiorino, além dos dois inéditos SUV da marca (um com base no Argo e outro com base no conceito Fastback mostrado no Salão do Automóvel de 2018). Afora atualizações visuais e interiores, Argo e Cronos farão a estreia do motor 1.0 Firefly turbo de 3 cilindros, que terá quatro válvulas por cilindro (contra 6V do aspirado) e deverá render algo em torno dos 120 cv. Já a Toro vai ganhar o 1.3 turbo de 4 cilindros, também 16V, com potência ao redor dos 150 cv.
A linha Jeep também teria atualizações, com as versões híbridas de Compass e Renegade, bem como o novo 500 elétrico, que chegaria no começo de 2021. E com a situação de incerteza atual, Filosa não cravou uma data, devido a alguns fatores, como a produção dos modelos (feitos na Itália, um dos países mais atingidos pela pandemia) e também a volatilidade do dólar, que pode tirar sobremaneira a competitividade dos modelos em nosso mercado.