DUAS RODAS

Produção de motos deve atingir 937 mil unidades este ano

De acordo com o balanço divulgado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) na quarta-feira, 14, as indústrias localizadas no Polo Industrial de Manaus (PIM/AM) produziram 105 mil motocicletas em setembro, o que representa elevação de 6,8% em relação a agosto – quando foram fabricadas 98,4 mil unidades – e de 13% na comparação com o mesmo mês do ano passado (que somou 92,9 mil veículos). Mas no acumulado do ano o resultado segue negativo, com 693,5 mil motocicletas produzidas em oito meses, o que indica retração de 17,1% comparado ao mesmo período de 2019 (836,4 mil).

“A produção de motocicletas foi fortemente impactada no período mais crítico da pandemia, os números comprovam isso. No entanto, desde a retomada gradual das atividades, as fábricas registram curva ascendente. Este quadro se confirmou em setembro, quando alcançamos o melhor resultado do ano”, afirmou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Até então, o melhor mês de 2020 havia sido março, com 102,8 mil motos produzidas.

Diante do novo cenário, a Abraciclo revisou suas projeções para o ano e, de acordo com elas, a expectativa é chegar ao fim do ano com 937 mil motocicletas produzidas, o que representa retração de 15,4% em relação a 2019 (quando o setor somou 1,1 milhão de unidades). A estimativa anterior, apresentada em janeiro, no período pré-pandemia, era parecida, com expectativa de alcançar 1,17 milhão motos fabricadas.

Fermanian explica que vários fatores favorecem a recuperação do segmento e, por isso, a queda deverá ser menor na comparação com outros setores da indústria. “Hoje a motocicleta é indicada para evitar as aglomerações no transporte público, representando uma alternativa de transporte ágil, econômica e de baixo custo de manutenção. Também passou a ser um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega”, disse o presidente da Abraciclo.

Vendas no atacado e varejo

Ainda de acordo com a Abraciclo, as vendas no atacado (para as concessionárias) somaram 100,6 mil unidades em setembro, com alta de 4,4% em relação ao registrado em agosto (96,4 mil) e de 5,6% contra setembro de 2019 (95,2 mil). Já no acumulado do ano, houve queda de 18,4%, com 665,6 mil unidades faturadas, contra 816 mil no ano passado.

As vendas no varejo – de acordo com os dados do Renavam analisados pela Abraciclo – totalizaram 99,6 mil, representando aumento de 3,8% em relação a agosto, que teve 95,9 mil modelos comercializados e de 13,6% em relação às 87,7 mil motocicletas vendidas em setembro de 2019. No acumulado do ano, porém, os emplacamentos somaram 630,8 mil, com retração de 20,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, que teve 796,4 mil motos licenciadas.

A entidade também refez suas projeções para vendas no atacado e no varejo. No primeiro, as fábricas deverão chegar a 909 mil motocicletas vendidas, volume 16,2% menor do que o registrado em 2019 (1,08 milhão). No início do ano, a perspectiva era chegar a 1.15 mil unidades. Já no varejo, a retração deve ser de 16%, totalizando 905 mil emplacamentos. Em 2019 foram comercializadas 1,08 milhão de motocicletas e a perspectiva em janeiro era alcançar a marca de 1,14 milhão.  

Exportações

As exportações do setor totalizaram 3,6 mil unidades em setembro, com queda de 29,9% em relação a agosto (5,1 mil), mas aumento de 51,5% quando comparadas às 2,4 mil unidades enviadas ao exterior em setembro do ano passado. No acumulado do ano foram exportadas 23,6 mil motocicletas, com queda de 18,8% na comparação com o mesmo período de 2019 (29,1 mil unidades).

A Abraciclo manteve sua expectativa para as exportações em 2020. Os embarques deverão somar 28 mil unidades, correspondendo à retração de 27,5% na comparação com o volume registrado em 2019 (38.6 mil motocicletas).

Fonte: Automotive Business
Foto: Ive Hylo

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