Marcado por paralisações e falta de peças, setor de motocicletas tem queda nas vendas em janeiro
A paralisação de três fabricantes de motos por falta de peças e insumos na última semana de janeiro acabou afetando o desempenho do mercado de veículos duas rodas, que registrou 85.839 emplacamentos no mês passado, o que representou queda de 6,4% sobre janeiro do ano passado (91.691) e de 13,1% em relação a dezembro passado (98.829 unidades).
Já em Sergipe, de acordo com dados do Sincodiv, foram comercializadas 275 motos em janeiro deste ano. Por aqui, a redução foi pouca no comparativo com dezembro de 2020, quando 283 unidades foram vendidas – apenas oito a mais. Já em comparação com janeiro do ano passado, a diferença foi mais significativa. No mesmo período de 2020, foram vendidas 360 motos no Estado.
Os dados nacionais foram divulgados esta semana pela Fenabrave, com a ressalva de que as vendas foram impactadas falta de produtos no varejo. Segundo a entidade, o estoque de motos nas concessionárias está extremamente baixo e, para alguns modelos, a espera chega a até 60 dias.
“A demanda segue aquecida, fomentada pela consolidação da motocicleta como veículo de transporte pessoal e de carga, fruto principalmente das vendas do e-commerce”, avalia o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior. Além disso, também contribui para o aquecimento da demanda a boa oferta de crédito pelas instituições financeiras, que estão aprovando 45% das propostas apresentadas, segundo o executivo.
Honda, Dafra e A.J. Macedo (Suzuki) suspenderam a produção em suas fábricas de Manaus, AM, no último dia 25 e só retornaram nesta semana. O problema com escassez de matéria-prima e peças, como transmissões e pneus, se arrasta desde o último semestre do ano passado. De acordo com balanço da Fenabrave, no ranking histórico das vendas de motos, o mês de janeiro desta ao ficou na 14ª colocação.
Foto: Divulgação
Fonte: AutoIndustria, para os dados nacionais
