Transporte público: um terço da frota de Aracaju continua sem rodar
Nesta sexta, 15 de outubro, por volta das 12h, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) informou que as três empresas que estão com seus ônibus sem rodar permanecem buscando alternativas na tentativa de retomar suas atividades. Mais de 140 ônibus da Progresso, Tropical e Paraíso continuam parados, afetando 43 linhas, o que corresponde a um terço da frota que circula pela capital.
“Como proposta ao pleito dos trabalhadores, as empresas realizaram o pagamento de 50% dos salários que estão em atraso e a quitação do restante mais à frente após o retorno da prestação do serviço. As empresas também afirmam que embora a situação seja extrema, não procede a informação de decretação de falência”, informa o sindicato.
Categoria reivindica pagamento de salários atrasados e restituição do tíquete-alimentação, que teve um corte. Rodoviários ressaltam que só retornarão ao trabalho quando receberem a remuneração completa.
Setor em crise com a pandemia
O Setransp lamenta os transtornos e destaca que isso é o retrato do agravamento das dificuldades financeiras provocadas pela pandemia. E mesmo diante da crise, afirma que não houve medidas para atenuar a situação das empresas do transporte coletivo, como aporte extra tarifário, subsídios, redução ou isenção de impostos.
“O setor segue pedindo apoio às autoridades públicas para agirem em favor da sustentabilidade de um serviço que é um direto social, que atualmente emprega mais de três mil trabalhadores diretos através de sete empresas em Aracaju, e mais 2 mil indiretos, e é essencial para o deslocamento de mais de 70% da população todos os dias”, comunica o sindicato.
Ônibus extras
A SMTT de Aracaju informa que entrou em contato com as demais empresas que fazem parte do sistema de transporte coletivo e foram colocados ônibus extras em operação para dar suporte as linhas afetadas pela paralisação. “A SMTT vem cobrando do grupo uma solução rápida para que o sistema volte a operar normalmente, sem causar prejuízos à população”, afirma o órgão municipal.
Foto: Arthur Soares