DUAS RODASNotícias

Honda Pop 110i traz várias mudanças na linha 2025

Pode a moto de entrada de uma marca passar por mudanças tão grandes? A Honda mostrou que, com a Pop 110i, dá sim. A moto mais barata da marca desde 2007 e porta de entrada no mundo do motociclismo para muita gente seguia inalterada desde 2015. E na linha 2025 a marca compensou os anos sem alterações com mudanças em motor, câmbio e outros setores.

Quem olhar a Pop 110i de cara vai achar que ela teve apenas mudanças nos adesivos e o garfo dianteiro pintado de preto. Mas, como dito, foi na parte mecânica que muita coisa mudou: o propulsor é totalmente novo. Por mais que o nome 110 continue, baixou o o diâmetro do cilindro (50 mm para 47 mm) e aumentou o curso do pistão (de 55 mm para 63,12 mm).

Motor mudou completamente frente aos anos-modelo anteriores da moto

A taxa de compressão também aumentou de 9,3:1 para 10:1. Com isso, o motor saiu de 109,1 cm³ para 109,5 cm³. Ou seja, não é mais o mesmo da Biz de entrada. Houve ainda alteração no tempo de abertura de válvulas para uma queima mais eficiente de combustível. Agora ela entrega 8,43 cv de potência a 7.250 rpm e 0,945 kgfm de torque a 5.000 rpm. Antes, o motor anterior desenvolvia 7,9 cv e 0,89 kgfm.

A urbana, segundo o Insituto Mauá de Tecnologia, faz 49,1 km/l, fazendo de 0 a 60 km/h em 7,8 segundos, com máxima de 93 km/h. Com um tanque de 4,2 litros, a autonomia é de aproximadamente 206 km.

Adeus embreagem 

Mas além do novo motor há outras mudanças importantes. A partida agora é elétrica, algo que não existia desde o lançamento da Pop. Daí a sigla ES (Electric Start) em algumas das versões. Mas uma das mudanças mais importantes está no câmbio.

Trocar marchas na Pop 110i agora ficou mais fácil

Originalmente a Pop sempre teve um câmbio de quatro marchas, passadas todas empurrando a alavanca para baixo e as reduções fazendo o caminho inverso. É um sistema similar ao da Biz, mas a Pop tinha embreagem convencional, não semi-automática como o modelo maior. E além disso o câmbio não era rotativo, ou seja, para voltar da quarta marcha para o neutro, era necessário reduzir todas as marchas.

Agora, na linha 2025 da Pop 110i, há o mesmo sistema de transmissão semi-automática da Biz, com quatro marchas rotativas. Nesse caso, adiciona-se uma embreagem centrífuga, que dispensa a operação. Ainda é necessário trocar marchas, mas não mais se preocupando com a embreagem.

A mudança não veio à toa, já que o motor e o câmbio novos vieram visando a nova fase do Promot 5, que entra em vigor em janeiro do ano que vem e será bastante restrito para as motos. Por conta disso, além do motor novo com maior eficiência, a Pop ainda precisou receber um segundo catalisador, instalado logo após a saída do cabeçote, daí a estranha curva que o escape faz agora. E além deste, há um segundo catalisador no silenciador trazeiro e um filtro de carvão ativado para filtrar a evaporação de combustível do tanque e um plugue para o diagnóstico da central eletrônica.

Opção de cor branca é a única que traz banco vermelho

Com isso, a (nova) moto mudou as dimensões. Ela agora tem 1.832 mm de comprimento (-11 mm), 1.238 mm de entre-eixos (+4 mm), 727 mm de largura (-18 mm), 1.031 mm de altura (-2 mm) e vão livre do solo de 137 mm (+1 mm) . A altura do assento passa a ser de 745 mm (-4 mm) e o peso a seco, sem considerar fluídos, de 87 kg.

As rodas seguem sendo raiadas com 17 polegadas na frente e 14 atrás, calçadas, respetivamente, com peneus 60/100 e 80/100, que agora são da Michelin. O garfo dianteiro ainda tem 100 mm de curso, enquanto a traseira biamortecida permanece com curso de 83 mm. As opções de cor permanecem as mesmas (preta, vermelha e branca, sendo a última com assento vermelho) e novos grafismos.

A garantia para a urbana é de 3 anos com as duas primeiras revisões com mão de obra gratuita e óleo grátis nas 7 primeiras revisões em concessionária. Apesar de o motor ter mudado, a especificação do óleo é a mesma: 10W30 semissintético. A primeira revisão ocorre aos 1.000 km ou 6 meses, o que vier primeiro. A segunda é aos 6.000 km ou 12 meses e, a partir daí, a cada 6.000 km ou 6 meses.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *