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GaragemSE entrevista Fabiano Oliveira, pré-candidato à Prefeitura de Aracaju; ele apresenta projetos para mobilidade urbana da capital

Neste domingo, 30 de junho, o Garagem Sergipe inicia uma série de entrevistas com pré-candidatos à Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). O primeiro entrevistado é Fabiano Oliveira (PP), que é vereador, empresário e comunicador, ex-secretário de Cultura e Turismo do Estado e foi deputado estadual por dois mandatos.

Este espaço está aberto para dialogar com os nomes confirmados na disputa pelo cargo, e as perguntas são exatamente iguais para todos.

O intuito é apresentar nos nossos canais como cada pré-candidato, caso eleito, pretende executar políticas  relativas à mobilidade urbana, como nos campos do transporte público, manutenção das vias, medidas contra congestionamentos e alagamentos, entre outras. E, diga-se de passagem, os desafios que surgem nesse sistema complexo que é o trânsito aumentam ano após ano na capital.

Para ser ter uma ideia disso apenas com base em dados do Detran/SE, a frota de veículos com placas de Aracaju, em maio deste ano, chegou a 342.993 – cerca de dez mil a mais do que no ano passado. No mesmo período em 2023, estava em 332.506. Ou seja, com mais veículos circulando, novas demandas vão se juntando às antigas, exigindo do poder público ações constantes para a resolução de problemas.

Propostas do pré-candidato
Fabiano Oliveira aborda vários assuntos nesta entrevista e evidencia que pretende aprimorar a fluidez no trânsito de Aracaju a partir de um governo alinhado com tecnologias avançadas e modernização de sistemas, além da atenção à sustentabilidade e dando voz ao aracajuano, nesse caso, para identificar quais melhorias são necessárias nos bairros e aplicá-las.

Ele já inicia o bate-papo detalhando seu ‘Plano Integrado de Mobilidade Urbana’, cuja meta é ampliar e modernizar as plataformas existentes, adotando tecnologias de gestão de tráfego em tempo real com Inteligência Artificial. Integra esse Plano a criação do aplicativo ‘Trânsito Livre’, o qual visa permitir que os cidadãos encontrem rotas mais rápidas e eficientes.

Dentro do planejamento para reduzir congestionamentos na cidade, ele prossegue: “Implementaremos sinais de trânsito adaptativos, câmeras automáticas de fiscalização e soluções de estacionamento inteligente. No Centro Comercial, um sistema de estacionamento online ajudará a encontrar vagas”, destaca Fabiano Oliveira.

Entre as suas propostas, Fabiano menciona também o “Vou de Buzu!”, programa que tem como foco disponibilizar um transporte público eficiente e de qualidade, e o ‘Carona Amiga’, de compartilhamento de carros. Em relação à frota de ônibus, promete investir em veículos mais confortáveis e ecológicos, e ressalta a importância do papel da licitação pública para melhorar a oferta do serviço.

Sobre o incentivo ao uso de meios de transporte alternativos, entre as ideias do pré-candidato está o programa ‘Vou de Bike’. Fabiano Oliveira também dá o seu parecer acerca dos alagamentos frequentes que acometem a cidade e preocupam tanto a população, apontando possíveis soluções.

“As medidas são claras e objetivas: a prefeitura deve realizar regularmente, e não apenas quando as chuvas estão caindo, ações de prevenção a alagamentos, promovendo a limpeza e a desobstrução de canais e de bueiros responsáveis pela drenagem de águas pluviais, além da modernização de redes de drenagem onde há carência comprovada”.

LEIA ABAIXO A ENTREVISTA COMPLETA COM FABIANO OLIVEIRA

Mobilidade Urbana:
1. Quais são suas principais propostas para melhorar a mobilidade urbana em Aracaju?
FO – Aracaju é uma cidade plana, com uma infraestrutura viária que foi sendo ampliada e modernizada ao longo dos anos. Hoje temos corredores exclusivos para ônibus (Hermes Fontes, Augusto Franco, Centro/Jardins e Beira Mar), cujo acesso foi franqueado também para táxis e ônibus escolares através de projeto de minha autoria aprovado na Câmara de Vereadores. Temos ainda ciclovias em boa parte das principais avenidas e transporte alternativo em algumas áreas. Minha proposta é criar um Plano Integrado de Mobilidade Urbana, ampliando e modernizando as plataformas existentes, e adotando modernas tecnologias de gestão de tráfego em tempo real com Inteligência Artificial, para otimizar fluxos e reduzir congestionamentos. Vamos criar o aplicativo “Trânsito Livre” para permitir que os cidadãos encontrem rotas mais rápidas e eficientes, combinando diversos modais de transporte, incluindo bicicletas, para uma mobilidade mais ágil.

2. Como o senhor planeja reduzir os congestionamentos nas principais avenidas da cidade?

FO – Uma das medidas será o projeto “Vou de Buzu!”, com foco no transporte público eficiente e de qualidade, uma promessa antiga e jamais cumprida por diversas gestões, mas que é um dos meus principais pilares administrativos. Além de investir em transporte público que funcione e seja aprazível ao usuário do sistema, incentivaremos o compartilhamento de carros através do programa “Carona Amiga”, com descontos no IPTU e prêmios mensais sorteados entre os que mais o utilizarem. O uso de bicicletas por meio de sistemas de compartilhamento também será incentivado. Implementaremos sinais de trânsito adaptativos, câmeras automáticas de fiscalização e soluções de estacionamento inteligente. No Centro Comercial, um sistema de estacionamento online ajudará a encontrar vagas.

3. Que medidas serão tomadas para promover o uso de meios de transporte alternativos, como bicicletas e scooters elétricas?
FO – Aracaju é uma cidade basicamente plana, com poucas áreas com elevação. Sem dúvida, é preciso incentivar o uso de bicicletas. O “Vou de Bike!” incentivará o uso de modais alternativos, como as bicicletas, e mobilizará um sistema de compartilhamento de bicicletas via aplicativo de celular público. Vamos promover campanhas públicas educativas, medida que tem se mostrado efetiva em algumas cidades com trajetos planos semelhantes a Aracaju. Outro modal importante são os veículos elétricos, como bicicletas, patinetes e scooters, que têm atraído a atenção dos jovens e até de pessoas mais adultas. Como opção de transporte, deixando o carro em segundo plano para dias de chuva, por exemplo, esses veículos são boas alternativas. Infelizmente, ainda custam muito caro.

4. Qual é a sua visão para a implementação de sistemas inteligentes de gestão de tráfego?
FO – Com o “Trânsito Livre”, um sistema de gestão de tráfego que utilizará sensores, câmeras e algoritmos avançados para monitorar e controlar o fluxo de veículos em tempo real, será possível fazer ajustes dinâmicos na sinalização, reduzindo o tempo de espera nos semáforos e obtendo resposta rápida a incidentes que possam travar o trânsito, com equipes da SMTT e da Guarda Municipal nas vias de maior fluxo, melhorando significativamente a fluidez do tráfego. Tudo isso, de forma integrada com as equipes da Segurança Pública.

Transporte Público:
1. Quais iniciativas o senhor pretende adotar para melhorar a qualidade e a eficiência do transporte público em Aracaju?
FO – O melhor caminho, sem nenhuma dúvida, é fazer a licitação, um processo de concorrência pública que determinará quanto o ônibus vai custar e qual será a sua qualidade. Somente assim será possível oferecer à população o melhor serviço pelo menor custo, como se promete há várias gestões. Vamos modernizar a frota de ônibus com veículos mais confortáveis e ecológicos, ampliar a cobertura das linhas, garantir horários regulares e pontuais e implementar um sistema de informação ao usuário em tempo real, através do aplicativo de celular “Vou de Buzu!”. Investiremos também na capacitação dos motoristas e na melhoria das paradas e terminais de ônibus, que carecem de mais atenção.

2. Como planeja aumentar a segurança dos passageiros e motoristas no transporte público?
FO – Câmeras de vigilância nos veículos e terminais são a saída correta, além de implementar uma central de monitoramento integrada com as forças de segurança, como já ocorre com sucesso em várias cidades. Também promoveremos campanhas de conscientização sobre a importância da segurança no transporte público, com a participação direta do usuário, e o treinamento dos motoristas para lidarem com situações de risco.

3. Existem planos para a expansão ou modernização das linhas de ônibus e outros meios de transporte coletivo?
FO – De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), a Capital e as cidades que foram a região metropolitana (Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros) contam atualmente com uma frota de 596 ônibus para operar 118 linhas que cobrem toda a área. O sistema atende mais de 230 mil passageiros diariamente. Ou seja, é um sistema que, visivelmente, carece de mais veículos para oferecer um serviço minimamente razoável. A licitação pública, uma medida que será urgente na nossa gestão, poderá solucionar essa demanda e melhorar a qualidade do serviço.

4. Que incentivos serão oferecidos para a utilização do transporte público, especialmente nas áreas periféricas?

FO – Se melhorarmos a qualidade do serviço, para tornar o transporte público uma opção mais atraente para todos, e não apenas para a população sem carro, a cidade sai ganhando. O usuário do sistema deve ser a prioridade. Se ele verifica que o ônibus que utiliza está limpo e é confortável, cumpre rigorosamente os horários e a tarifa cobrada é justa, há de imediato um incentivo para que o serviço seja utilizado.

Alagamentos:
1. Quais são suas propostas para combater os alagamentos frequentes em Aracaju?
FO – Não existe essa de “descobrir a pólvora”. As medidas são claras e objetivas: a prefeitura deve realizar regularmente, e não apenas quando as chuvas estão caindo, ações de prevenção a alagamentos, promovendo a limpeza e a desobstrução de canais e de bueiros responsáveis pela drenagem de águas pluviais, além da modernização de redes de drenagem onde há carência comprovada. Outra ação imediata é a criação de áreas de retenção temporária de água e a revitalização de áreas verdes urbanas que ajudem na absorção da água da chuva. Também realizaremos campanhas de educação ambiental para evitar o descarte inadequado de lixo, uma prática ainda muito comum em Aracaju.

2. Como o senhor pretende melhorar o sistema de drenagem pluvial da cidade?
FO – Vamos criar o aplicativo “Cidade Limpa”, através do qual a população poderá solicitar a limpeza das bocas de lobo e outros serviços relacionados à prevenção e contenção de alagamentos, como o recolhimento de entulhos. Melhoraremos o sistema de drenagem com a construção de novas galerias pluviais, a ampliação das existentes e a instalação de bueiros inteligentes que evitem entupimentos. Realizaremos a limpeza e manutenção regular dos canais e córregos para garantir seu funcionamento eficiente durante as chuvas.

3. Que medidas preventivas serão adotadas para evitar danos causados por enchentes e alagamentos?
FO – Além de melhorar a infraestrutura de drenagem, implementaremos um sistema de alerta precoce para enchentes, capacitando as equipes de defesa civil para ações rápidas. Vamos construir áreas de contenção e incentivaremos práticas de construção sustentável que ajudem na absorção e escoamento da água, como já é feito em outras cidades.

4. Como planeja trabalhar com as comunidades mais afetadas pelos alagamentos para implementar soluções eficazes?
FO – Em parceria, através de subsedes que implantaremos nas quatro zonas da cidade (Norte, Sul, Leste e Oeste), através das quais promovendo audiências públicas e reuniões para ouvir suas demandas e sugestões locais. Implementaremos programas de educação ambiental e capacitação para que os próprios moradores possam atuar na prevenção de alagamentos e na aplicação das soluções implementadas. Vamos incentivar a construção de telhados verdes, que melhoram as condições térmicas e permitem o reaproveitamento da água da chuva e retardam o escoamento dessas águas até os rios. Também vamos criar um programa educativo para preservar e aumentar as áreas de vegetação, especialmente no entorno de rios e córregos, para protegê-los do assoreamento e permitir que recebam o fluxo da água das chuvas sem transbordar. A meta é educar e sensibilizar a população sobre os riscos das enchentes e as medidas que podem ser tomadas para preveni-las, incluindo práticas de construção adequadas, armazenamento de águas pluviais e gestão de resíduos.

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