Mais de 3,7 milhões de veículos no país circulam sem realizar recall
Conforme os dados mais recentes da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), desde 2011, no Brasil, as montadoras já realizaram 17 milhões de convocações para recalls. Desse total, existem atualmente mais de 3,7 milhões (3.788.997) de veículos circulando sem os reparos necessários para corrigir os defeitos de fabricação. Seus proprietários ainda não compareceram às concessionárias para conferir a situação.
A maior parte desses problemas está vinculada aos airbags. Segundo reportagem divulgada no Bom dia Brasil, da TV Globo, nesta semana, quase dois milhões (1.897.048) de veículos circulam com defeitos no dispositivo. Eles foram fabricados pela empresa japonesa Takata e instalados em veículos de 17 montadoras entre 2001 e 2018. O problema desses airbags é que podem explodir ao serem acionados, projetando fragmentos de metal em alta velocidade dentro do veículo, representando um risco de acidentes fatais.
Mas como o proprietário pode verificar se o seu veículo tem algum recall pendente? A Senatran esclarece as principais dúvidas dos condutores sobre o procedimento. segundo o órgão, o próprio dono do veículo pode se certificar se está tudo conforme os parâmetros de segurança de fabricação do automóvel, por meio do portal do Senatran ou do aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).
Para consultar, basta fornecer a placa ou o chassi do veículo. No portal, estão registrados apenas os recalls divulgados a partir de 20 de abril de 2011. Caso haja a possibilidade de ter havido algum chamamento antes dessa data, o proprietário deve buscar a informação diretamente com o fabricante.
Vale destacar que quando o proprietário tem um recall não atendido, dentro do prazo de um ano, essa informação passa a constar no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). “Nesses casos, com a recente mudança do CTB, não será possível licenciar o veículo ou fazer qualquer procedimento administrativo, como transferência de propriedade”, alerta o coordenador da Senatran, Daniel Mariz.
Foto: Ascom/Governo de Sergipe