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Rodoviários fazem nova paralisação, e mais de 150 ônibus estão sem rodar na Grande Aracaju

Motoristas e cobradores do Grupo Modelo paralisaram as atividades nesta segunda-feira, 14. Com isso, cerca de 150 ônibus deixaram de rodar na Grande Aracaju – quase 30 linhas foram afetadas. Profissionais reivindicam pagamento de salários atrasados, FGTS, férias e tíquete-alimentação.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), a diretoria da empresa está em negociação com seus colaboradores, esclarecendo os motivos do atraso e apontando formas de solucionar a situação para que a sua frota volte a operar normalmente. Outras empresas do transporte público coletivo foram acionadas para disponibilizar a frota reserva e amenizar a situação de quem depende de ônibus para se deslocar.

Diante de mais uma paralisação, o Setransp insiste quanto à necessidade de aporte ao setor com alternativas que contribuam para com a manutenção da prestação do serviço, que segue sofrendo impedimentos.

“Infelizmente, tem sido frequente o número de interrupções no transporte público coletivo, com a situação de desequilíbrio econômico em que o setor se encontra. O acúmulo de débitos postergados durante a pandemia, o aumento gradativo das despesas, principalmente o combustível, o crescimento da utilização de gratuidade sem fonte de custo, a queda do número de passageiros que ainda passa dos 40%, a defasagem da tarifa de ônibus, entre outros fatores, têm gerado essa realidade”, explica o Setransp.

A entidade reforça que essa crise somente poderá ser sanada quando ocorrerem medidas efetivas de aporte extrarifário ao setor.

“Diversas alternativas têm sido apresentadas às autoridades públicas, a exemplo do que é observado em outros Estados. Tais como: a redução ou isenção do ICMS do diesel, que junto com a mão-de-obra equivalem a quase 70% do custo da prestação de serviço; o subsídio às gratuidades que em sua totalidade não apresentam fonte de custeio; a criação de taxas para o transporte individual para benefício do coletivo, como forma de compensar o maior uso do espaço viário transportando menos, entre outros”, informa o Setransp.

Foto: Arthur Soares

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