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Saiba quem são os “velhinhos” do nosso mercado automotivo

Não é novidade no mercado automotivo nacional que um modelo permaneça em linha por vários anos, principalmente após os custos de produção dos modelos terem sido pagos pelas fábricas. Às vezes sem grandes mudanças, determinados carros ficam por longos períodos no mercado, como o primeiro Hyundai Tucson, que estreou no começo dos anos 2000 e só saiu de linha recentemente o a Fiat Weekend, que deu adeus à linha de produção na semana passada, depois de 23 anos. Mas, seguindo essa lógica, ainda há diversos carros que estão há um bom tempo em linha, e sem mudanças significativas.

Há 10 anos sem alterações significativas, Chevrolet Montana permanece em linha

Na linha Chevrolet, por exemplo, há dois: Cobalt e Montana. O sedã estreou em 2012, com um visual polêmico. Quatro anos depois foi reestilizado e segue sem alterações desde então. Com a chegada do Onix Plus, a tendência é que ele vá perdendo mercado, ainda que a Chevrolet diga que ele permanece como uma boa opção para vendas diretas e para quem quer um sedã com muito espaço e bom preço. Já a Montana está entre nós desde 2003, tendo mudado radicalmente em 2010, onde trocou inclusive a plataforma, recebendo a idosa GM 4200  do primeiro Corsa, ficando com a frente do Agile, o que desagradou diversos compradores. No entanto, com 10 anos de mercado, ela segue em linha, mesmo na última posição do segmento de picapes compactas, com 9,9% de participação de mercado – ante os 32,2% da VW Saveiro e 57,8% da Fiat Strada.

Aircross hoje é o segundo Citroën menos vendido no mercado

A Citroën também tem dois representantes: Aircross e C3. O primeiro, presente no Brasil desde 2011, tem ficado um pouco esquecido na linha Citroën desde a chegada do C4 Cactus, uma vez que, pelo Aircross ser uma minivan e não um SUV, tem chamado menos atenção. Já o C3, com seus 8 anos de mercado nesta geração, ainda tem três versões à venda (1.2 manual, 1.6 automática e a aventureira Urbantrail 1.6 AT). Mas, em pouco tempo, deve chegar um novo C3, compartilhando a plataforma com o novo Peugeot 208.

Perto dos 20 anos de mercado, o Fiat Doblò hoje é vendido em uma única versão, com motor 1.8

A Fiat é outra que tem não dois, mas três veteranos no mercado, Doblò, Siena e Strada. O utilitário tem, pasme, 19 anos em linha. Lançado em 2001 e atualizado em 2009, hoje ele possui somente uma versão, que é a Essence de 7 lugares e com motor 1.8. O sedã, por sua vez, se mantém firme nas vendas enquanto o irmão hatch, o Palio, deu adeus. A questão é que, por enquanto, o Cronos não engoliu as vendas do velho Siena (que foi lançado oito anos atrás como Grand Siena). Já a picapinha, independente dos 21 anos de mercado com atualizações apenas na base de reestilizações, segue liderando o segmento, e também é, com alguma folga, a picape mais vendida do país. No entanto, está próxima do adeus, com uma possível nova geração para o primeiro trimestre desse ano, repaginada completamente, com motor e plataforma novos, e opção de cabine dupla com quatro portas.

Compacto “altinho” da Volks, o Fox ainda vende bem, mas pode dar adeus a depender da chegada de novos modelos da marca no país

A Volks, que manteve a Kombi por mais de cinco décadas no país, também tem um modelo mais antigo na linha: o Fox, presente desde 2003 e reestilizado duas vezes (a última há seis anos), ainda tem bons resultados de venda, aparecendo no top 20 nacional à frente de diversos modelos mais modernos e/ou baratos. O fim do hatch pode vir a depender da necessidade da planta de São José dos Pinhais (PR) ampliar a produção do SUV T-Cross ou de futuros modelos.

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