Diversas montadoras no Brasil anunciam paralisação para os próximos dias
Começou com General Motors e Mercedes-Benz, foi seguido pela Volvo e agora o número já passa de 10 fabricantes que decidiram parar as atividades fabris no Brasil nos últimos dias. O motivo, em todos os casos é o mesmo: o crescente impacto que a pandemia do coronavírus tem causado.
Ainda na quinta-feira, após a Volvo, a Volkswagen também anunciou paralisação. Enquanto a planta de caminhões da marca sueca suspenderá atividades por quatro semanas a partir do dia 30 (sendo esta a maior paralisação até o momento), a marca do “carro do povo” para as quatro fábricas por três semanas contadas a partir da segunda-feira, 23. Somente funcionários administrativos, de um total de 15 mil empregados, seguirão trabalhando remotamente até 30 de março, quando também iniciarão férias coletivas por duas semanas.
A Ford, por sua vez, anunciou que não só no Brasil, mas em toda a América do Sul as operações serão suspensas. Além da fábrica de carros de Camaçari (BA), de motores e transmissões em Taubaté (SP) e Horizonte (CE), base da linha Troller, que já na segunda-feira (23) estãrão paralisadas, a unidade de General Pacheco, na Argentina, inicia recesso dois dias depois. As operações brasileiras, afirma a montadora, voltarão ao trabalho, em princípio, no dia 13 de abril. A produção na Argentina deve ser retomada uma semana antes, no dia 6. Nesta mesma data deve ter retomada a Toyota, que dispensará os empregados das quatro fábricas de automóveis a partir da terça-feira, 24, conforme a marca japonesa havia informado em um comunicado.
Outras fabricantes
Na sexta-feira à tarde, FCA, Honda e Renault também decidiram paralisar as atividades. A Fiat Chrysler Automotive informou que haverá diminuição gradual da produção em todas as suas unidades brasileiras a partir de 24 de março, com a paralisação total prevista para o próximo dia 27. As atividades fabris em Betim, MG, Goiana, PE, e Campo Largo, PR, serão retomadas em 21 de abril, o que engloba fábricas da Fiat e da Jeep.
Já a Honda e a Renault param a partir do dia 25 de março e assim devem permanecer até 14 de abril. A marca japonesa pretende ainda sugere ampliar a parada nas unidades de Sumaré e Itirapina (SP) para até 27 de abril. De acordo com o comunicado da empresa, “a retomada da produção dependerá das orientações dos governos federal e estadual, das condições de segurança dos colaboradores e dos impactos da pandemia no mercado de automóveis.”. Os funcionários dos processos produtivos não trabalharão, ficando apenas o pessoal do das áreas administrativas em regime de home office ou, para atividades nas quais não seja possível trabalho remoto, escalonamento de equipes. A única planta que não para por ora é a de motos em Manaus (AM), que segue com medidas adicionais de prevenção ao contágio da doença. A Honda, no entanto, não descarta uma parada total caso a pandemia se alastre no estado.