Mercado de motocicletas registra alta, mas enfrenta problemas
O mercado de motocicletas encerrou agosto com alta. Ao contrário do setor automotivo, que ainda não conseguiu retomar patamares pré-pandemia, o de duas rodas segue em um ritmo mais acelerado nas vendas. Foram 95.998 unidades emplacadas no mês, número 12,5% a mais do que as 85.171 de julho deste ano e 8,3% maior do que as de agosto do ano passado (88.651).
Apesar dos registros positivos, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) garante que dados poderiam ser ainda melhores se montadoras não estivessem enfrentando problemas de produção.
“Com a retomada de parte da produção pelas montadoras, os volumes de emplacamentos vêm crescendo para atender à demanda reprimida. Contudo, ainda permanecem problemas de produção, pela falta de peças e componentes”, informa o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
Na avaliação do executivo, o resultado negativo do ano reflete, em parte, a falta de produtos no varejo. Ou seja, se a produção fosse maior o recuo seria menor do que os 25% registrados no acumulado de janeiro a agosto deste ano, quando as vendas atingiram 531,4 mil motos, ante as 708,8 mil do mesmo período de 2019.
“Um fator positivo para o setor de duas rodas é que a liberação de crédito tem melhorado, com cerca de 4,2 cadastros aprovados a cada 10 apresentados”, complementa Assumpção Jr. No ranking histórico, o mês passado ficou na 11ª colocação entre todos os meses de agosto e o acumulado de 2020 está na 18ª posição entre os resultados de janeiro a agosto da série histórica, iniciada em 1957.
Com informações da AutoIndústria
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