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Petrobras reduz em 4% valor da gasolina nas refinarias

A Petrobras reduziu em 4% o preço médio da gasolina vendida nas refinarias em todo o país. O novo valor vale a partir desta sexta-feira (16) na venda às distribuidoras. Dessa vez, o diesel não teve o preço modificado. 

Essa é a segunda alteração no preço do combustível em menos de uma semana. No sábado, dia 10, o reajuste não agradou nada aos consumidores. Houve um aumento de 4% gasolina nas refinarias, e não demorou para postos de combustíveis de Aracaju elevarem os preços por aqui. 

O menor preço cobrado pela gasolina hoje na capital gira em torno de R$ 4,43. Já o maior preço chega a R$ 4,89. Valores praticados nesses estabelecimentos são alvos de muitas críticas dos consumidores. Com a redução que vale a partir de hoje nas refinarias, esperança é de que postos entrem em consonância com a Petrobras quando também há redução. 

No entanto, nem sempre os cálculos são fáceis de entender devido a uma certa incoerência. Isso porque a Petrobras fala em queda no acumulado do ano tanto para o diesel quanto para a gasolina. Mas, em Aracaju, preços se assemelham aos do ano passado, o que denota que reduções nas refinarias nem sempre chegam às bombas. 

“Desde janeiro de 2020, o preço médio da Petrobras acumula uma queda de 24,3% no preço do diesel vendido às distribuidoras e uma redução acumulada de 9,1% no caso da gasolina. Para se ter uma ideia, o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras será de R$ 1,74 por litro após o reajuste. Entre julho e agosto, o preço médio da Petrobras correspondeu a cerca de 30% do preço final ao consumidor nos postos de combustíveis”, explicou a Petrobras por meio de nota. 

Maurício Cotrim, secretário executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese) lança uma luz sobre esse tema. Ele chama atenção para a estrutura de custo de cada revendedor.

“Em relação aos preços praticados nas bombas, eles (os preços) são livres, e os repasses, tanto dos reajustes para cima ou para baixo, dependem da estrutura de custo de cada revendedor. No caso da velocidade do repasse desses preços para as bombas, depende dos estoques das distribuidoras e
consequentemente dos estoques dos revendedores”, afirma Cotrim.

Ou seja, os valores finais aos motoristas dependerão de cada posto, que acrescem impostos, taxas, custos com mão de obra e margem de lucro. A Petrobras esclarece também que a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos nos postos de combustíveis. São os combustíveis tipo “A”, ou seja, gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel também sem adição de biodiesel. Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo “A” misturados a biocombustíveis. 

Maurício Cotrim explica ainda o processo de formação de preços por parte da Petrobras. “Depende dos fatores câmbio, paridade internacional, além do valor do barril de petróleo no mercado internacional”, frisa. 

Com informações da Agência Brasil, para dados da Petrobras 
Foto: Marcelo Camargo

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