Filas para compra de motos chegam a 50 dias
As vendas de motocicletas atingiram 102.711 unidades em agosto, com queda de 8,8% no comparativo com julho, quando foram emplacadas 112.584 unidades. Assim como todos os outros segmentos automotivos, também o de duas rodas enfrenta problemas na área produtiva e há falta de alguns modelos para pronta entrega no varejo. As filas de espera, segundo a Fenabrave, estão na faixa de 40 a 50 dias.
De acordo com balanço divulgado pela entidade na quinta-feira, 2, no comparativo com agosto de 2020 houve crescimento de 7% e no acumulado dos oito primeiros meses do ano a alta é de 37,8%. Foram emplacadas 732.643 motos de janeiro a agosto, ante as 531.445 de idêntico período do ano passado.
“Esse mercado segue aquecido”, comenta o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior. “A queda registrada no mês de agosto é, basicamente, resultado da baixa oferta de motocicletas, devido aos gargalos de produção provocados, dentre outros fatores, pela falta de componentes”.
Segundo a Abraciclo informou por ocasião da divulgação do balanço de julho, o setor não tem conseguido ampliar produção principalmente em função das medidas de distanciamento social impostas pela Covid-19, que limitam as operações das linhas de montagem.
Diante das dificuldades vividas pelos fabricantes de motos, a Fenabrave mantém projeção de aumento de 16,2% na vendas deste ano frente às de 2020. Segundo Assumpção Júnior, cerca de 55% da demanda por esses produtos se destinam ao uso comercial, o que comprova a consolidação deste tipo de veículo para transporte de mercadorias.
“Além disso, muitas pessoas têm optado pela compra da motocicleta como opção econômica para deslocamento individual, em substituição ao transporte público, tanto para trabalho como para o lazer”, lembra o presidente da Anfavea, informando ainda que com relação ao crédito, as instituições financeiras vêm mantendo boa oferta e o índice de aprovação é de 4,7 propostas para cada 10 enviadas.