Testamos o Citroën C3 1.2 Puretech
Há alguns anos já tinha testado o C3, na ocasião com câmbio automático e o que me chamou atenção mesmo foi aquele teto panorâmico.
Este C3 – agora com motor Puretech – não traz novidades no design, mas chama atenção as tecnologias empenhadas como duplo comando de válvulas e bomba de óleo variáveis, coletor de escapamento integrado ao cabeçote e sistema que dispensa o tanquinho de partida a frio. Coisa fina mesmo, típica de carros importados – não à toa, o conjunto mecânico vem da França. Beleza! Muitas informações, mas o que isso significa para o comprador sergipano? Mais eficiência e economia de combustível.
O C3 conquista mesmo pelo charme do para-brisa panorâmico Zenith, pelo carisma da carroceria e a racionalidade da lista de equipamentos razoavelmente recheada. Mas a ótima central multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque e espelhamento por CarPlay e Mirror Link só é oferecida como opcional junto com o ar-condicionado digital.
Gosta de conforto? Pode ficar bem tranquilo, pois a suspensão e a direção – que é elétrica – vão fazer você esquecer o mundo lá fora. Mas quando parar no semáforo o céu vai virar um convite (gosto mesmo desse teto). O volante não é excessivamente leve como na geração anterior, mas ainda manobra sem muito esforço. Já as valetas e lombadas são vencidas como pequenos remendos na pista.
No final das contas, o C3 é uma boa opção para quem já pensava em levar o modelo para casa, só que falta convencer quem está em busca de um carro racional. O mercado oferece Onix, Mobi, Uno, HB 20, Ka… Enfim, é difícil concorrer. Costumo dizer que o C3 é carro para criar vínculos, batizar com um nome bonito e tratar como um membro da família, sem planos de separação. É um casamento mesmo.
Pela rua
O motor 1.2 me animou de primeira. Sim, estou falando de 1ª marcha, porque de segunda me frustrou. Mas foi a única marcha que achei relativamente estranha, você vai encaixar a 2ª marcha e ficar com a impressão que colocou a terceira, o carro ficou lento e demorando para desenvolver. Mas vamos dar um desconto, o carro que testamos tem pouco mais de 1000 km rodados, ainda está sendo amaciado. O C3 se comporta bem nas curvas e nas retas, tem ótima estabilidade.
Na parte de dentro, apesar de compacto, o C3 tem um bom espaço interno. Fazendo inveja a concorrência, o material usado pela marca francesa é de boa qualidade e com ótimo acabamento. O porta-malas tem capacidade para 300 litros. Aproveitei e fiz compras no Mercado Albano Franco, porta-malas aprovado. Inclusive, levei um amigo ‘mala’ para o passeio e ele aprovou o conforto do Citroën. “Carrinho bacana, compraria”, palavras de Augusto Neto.
Ficha técnica
- Motor: Dianteiro, transversal, 3 cil. em linha, 12V, comando duplo, flex
Cilindrada: 1.199 cm³ - Potência: 90/84 cv a 5.750 rpm
- Torque: 13/12,2 kgfm a 2.750 rpm
- Câmbio: Manual de 5 marchas, tração dianteira
- Direção: Elétrica
- Suspensão: Independente McPherson (diant.) e eixo de torção (traseiro)
- Freios: Discos ventilados (dianteiro) e tambores (traseiro)
- Pneus: 195/60 R15
- Dimensões: Comprimento 3,94 m; Largura 1,70 m; Altura 1,52 m; Entre-eixos 2,46 m
- Tanque: 55 litros
- Porta-malas: 300 litros (fabricante)
- Peso: 1.100 kg
Pontos Positivos
- O teto é puro charme
- O motor é Puretech
- O design continua fazendo sucesso
- O conforto é ponto alto
Pontos Negativos
- A 2ª marcha é muuuuito lenta
- Demorei um dia para encontrar a entrada do pen-drive
- Pega DVD? Não