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Garagem SE entrevista o motociclista Jorge Aragão

Na última Semana o Garagem SE noticiou a premiação que o motociclista e instrutor de pilotagem sergipano Jorge Aragão, da Concorde Motos, ganhou da Yamaha, o reconhecendo como um dos melhores instrutores do país. Mas além da premiação, Jorge tem uma história e uma trajetória bastante emblemáticas no mundo das duas rodas. Desde muito novo tem a paixão pelas duas rodas, o que o levou a ter não só um número grande e variado de motos na vida, como também o fez trilhar o caminho de instrutor de pilotagem, ensinando não só a motociclistas que tenham vontade de pilotar melhor, como órgãos de saúde (a exemplo do Samu) ou forças policiais como a GETAM.

Em entrevista exclusiva, Jorge nos contou um pouco sobre seu trabalho e sobre o motociclismo em geral. Confira abaixo

Garagem Sergipe – Quando surgiu a paixão por motos?

Jorge Aragão – Minha paixão por motos, começou muito cedo… Ainda na infância! Eu tinha um vizinho que tinha uma Honda CB360, sempre que ele ia lavar a moto, eu ficava observando e ajudando, juntamente com seu filho. Um dia, ele me levou para dar uma volta no bairro. Acredito que fui contaminado pelo vírus das duas rodas neste dia!

GSE – Você tem uma predileção pela família Ténéré da Yamaha. De onde surgiu esse gosto por essa linha específica?

JA – Sempre gostei de aventuras no Off-road (fora de estrada), tive várias motos Trail, mas quando a TÉNÉRÉ chegou em Aracaju (1988), foi paixão à primeira vista. O modelo representava para mim: desafio, resistência e aventura. A primeira que vi, foi a de Marcelo Santana… A moto era gigante, branca com vermelho, placa AR990. (Até hoje tenho a placa guardada). Logo depois, essa moto já estava comigo…. Foi um sonho realizado!

GSE  – Fora a linha Ténéré, quais outras motos você já teve?

JA – Já tive motos de vários fabricantes e dos mais variados estilos: Naked, Custom, Esportiva, Cross, Enduro, Trail e Big Trail. Comecei com a RD50, depois a RD 75, RX 125, RX 180, TURUNA, CG 125, ML 125, RD 125, RDZ 125, RD 135Z, RD 350, DT 180, TDR 180, DT 200, XL 250, XLX 350, CB 400, CB 450, XT 600E, XT 660, SUPER TÉNÉRÉ 750, LANDER 250, TÉNÉRÉ 250, XJ-6, TÉNÉRÉ 660, F800GS e atualmente estou com a segunda SUPER TÉNÉRÉ 1200.

Sem falar nas motos de competição (Off-road): KDX200, KDX220, RMX250, RM250, WR400, YZ250 e CR250.

GSE  – A Super Ténéré é uma bigtrail. Hoje esse estilo de moto é o seu favorito? Há outro estilo que você também curte?

JA – A ST é uma Big Trail e foi eleita por 2 anos consecutivos (2012 e 2013) a Moto do Ano na Categoria. As Big Trail oferecem versatilidade, conforto e tecnologia. Com uma moto desse segmento você pode ir a qualquer lugar, dependendo apenas da sua habilidade. Na verdade, eu curto todos os estilos, cada um com o seu potencial. Se pudesse teria uma de cada estilo na garagem. Mas, se fosse para ter uma segunda moto, seria uma Naked.

GSE – Gostaria que você falasse um pouco sobre o projeto Oficina de Pilotagem.

JA – O projeto da Oficina de Pilotagem, surgiu em abril de 2016. Estávamos encerrando o 3º ERN-PBT, quando um amigo de Salvador me questionou sobre a criação de curso de pilotagem. Depois de algumas pesquisas, finalmente criamos a “Oficina de Pilotagem”. A primeira edição aconteceu nos dias 17 e 18 de dezembro de 2016 em Aracaju. Inicialmente, focamos nos condutores de Big Trail´s, mas alguns amigos pediram para realizarmos uma edição com motos de outras categorias (naked, esportivas, custons, etc…). Além da Oficina de Pilotagem, desenvolvo o papel de Instrutor de Pilotagem YRA (Yamaha Riding Academy) para a Concorde Motos. Já realizamos 6 “Nivelamentos” com o Grupamento Especial Tático de Motos (GETAM), Curso de Pilotagem Defensiva com os agentes da SMTT de Aracaju e Itabaiana, bem como a Guarda Municipal de Itabaiana, Motoclubes diversos, Cursos gratuitos para clientes e Palestras sobre pilotagem defensiva. Além disso, no dia 28/03 haverá um curso para a equipe do SAMU

Escola de pilotagem ensina tanto motociclistas quanto órgãos de saúde e forças policiais

GSE – No que ele consiste? Qual o histórico dele até hoje?

JA – Nosso Objetivo é promover a interação dos proprietários de motos dos mais variados estilos, abordar as diferentes técnicas e conceitos básicos de pilotagem em rodovias pavimentadas ou não (On e Off-road), tais como: equilíbrio, aceleração, frenagem (com e sem ABS), curvas e posicionamento do piloto. A Oficina é realizada em 2 dias, sendo a parte teórica e os exercícios práticos no sábado e no domingo realizamos um passeio para turma “Off”, onde colocamos em prática todas as técnicas de pilotagem na terra. Já para a turma “On”, seguimos para o Kartódromo, onde praticamos com segurança os exercícios de curvas e frenagens. Já realizamos 19 edições, sendo 16 em Aracaju, uma em Maceió e duas em Salvador.

GSE – Mulheres participam da oficina ou já participaram?

JA – Sim, tivemos duas participantes. Uma de Aracaju e outra de Salvador. Ambas curtiram bastante e deram um show de pilotagem!

 GSE – O mercado de motocicletas no Brasil hoje em dia está como?

JA – O mercado de motocicletas retornou o crescimento de vendas no Brasil. Ao longo de 2019, o setor das duas rodas ganhou força e fechou o ano com acumulado positivo. O Brasil emplacou em 2019 o total de 1.077.553 motocicletas, alta de 14,59% em comparação ao mesmo período de 2018. 

GSE – Qual o prazer, o grande barato que você enxerga em viajar de moto?

JA – Antes de mais nada… Moto não é apenas um veículo, é um estilo de vida! Liberdade, espírito de aventura e superação, estas são as sensações de quem vive a experiência de viajar sobre duas rodas.  Querendo ou não, a viagem de moto nos remete à aventura, o desafio e, na minha modesta opinião, ao autoconhecimento. É uma sensação de liberdade fantástica sentir o vento no rosto e apreciar as novas paisagens a cada quilômetro, de uma forma integrada com o ambiente como só a moto pode proporcionar. O silêncio e a concentração limpam a mente e nos permitem jogar fora todo o estresse, fazendo com que a viagem pareça uma verdadeira terapia (e é mesmo!).

Jorge ensina a pilotar tanto no on quanto no off-road

GSE – Para quais lugares você já encarou centenas de quilômetros de estrada para chegar?

JA – Eu já rodei bastante pelo Brasil, conheço todo o Nordeste, uma boa parte do Sudeste, Paraná e Brasília. Atualmente, curto rodar por Sergipe e mostrar o nosso estado para o mundo através das redes sociais.

GSENa sua opinião, qual é a melhor idade para se tornar motociclista?

JA – Acredito que já nascemos com essa paixão! Mas, se alguém quer ser “Piloto” tem que começar cedo… Seja de Off-road ou Velocidade, a família tem que investir na carreira, começando com um curso de pilotagem.

Há muita diferença entre o motociclista urbano e o que pega a estrada?

JA – Sim, existe uma diferença enorme! O motociclista urbano, geralmente utiliza a moto como meio de transporte na cidade, para fugir do caos do trânsito. Raramente faz uma viagem!

Já o motociclista “Estradeiro”, utiliza a moto para viajar…. Alguns viajam para eventos, outros viajam para conhecer seu estado, país e o mundo.

Já pensou em escrever um livro sobre motociclismo?

JA – Não, nunca pensei no assunto. Prefiro pilotar e registrar os momentos em fotos!

4 thoughts on “Garagem SE entrevista o motociclista Jorge Aragão

  • pedro pereira de sousa junior

    Grande piloto e excelente instrutor o Jorge. Tive a honra de conhecer. Pedro/Brasília

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  • Clara Aragão

    Sou irmã de Jorge, acompanho todas as fases desta paixão! Reconheço a capacidade e a dedicação que ele tem quando o assunto é MOTO. Desejo todo o SUCESSO, pois ele é merecedor🤗

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  • Tenho a honra e o prazer de ser amigo dessa grande pessoa! Jorge Aragão, além de ser um excelente Piloto e Instrutor, tem o excelente carater e humidade como principais qualidades!!!

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  • Haroldo Freire

    Grande Jorge Aragão!! A felicidade é enorme em vê-lo colocando em prática toda sua paixão. Qnd o conheci nem acreditei, pois só tinha ouvido em falar seu nome. Mas aí, surgiu uma oportunidade de estar com ele em um desses passeios que ele sempre cria em Sergipe. E nas várias paradas q acontecia nos passeios, em uma delas, tive a oportunidade de conversar com ele. Falei da minha insegurança com essa moto grande e ele começou a me dar várias dicas. Dessas dicas, já fui colocando em prática na viagem e aí tudo já teve outro significado, outro sentimento e depois disso, passamos conversar mais e mais até fazer um curso com ele. Aí pronto… Jorjão quebrou os vários tabus que essas motos gigantes trazem… Hoje não sou essas Coca-Cola toda, mas muitos medos e receios sumiram. As viagens de moto passaram a ter mais prazer, segurança e conforto. “Só por causa de um cursinho” rsrsrsrsr
    E viva ao curso de pilotagem OFF ROAD!! 😉
    Vlw Jorjão, grande abraço!!

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