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Produção automotiva no Brasil ainda não será interrompida

A preocupação com o coronavírus tem gerado o fechamento das matrizes de diversas fabricantes mundiais, principalmente na Europa. No entanto as subsidiárias brasileiras das montadoras devem ir na contramão dessa tendência e manter a produção. Até agora, as fábricas afirmam que estão monitorando e orientando seus funcionários contra a disseminação do coronavírus e que a produção continua em ritmo normal.

O fato soa, no mínimo, curioso, uma vez que escolas, faculdades, lojas e diversos outros estabelecimentos foram fechados, bem como grandes eventos sendo adiados ou cancelados e as fábricas reúnem sob seus tetos milhares de colaboradores todos os dias.

Trabalho nas fábricas não foi interrompido, mas passa por medidas de segurança para evitar contágio do coronavírus

O portal AutoIndústria ouviu algumas fabricantes, e foi informado pela FCA que além da adoção de trabalho remoto para boa parte do pessoal administrativo em um dia da semana, reduziu pela metade o número e reorganizou os assentos disponíveis em seus restaurantes para aumentar a distância entre os usuários e ampliou o horário de atendimento a fim de evitar concentração de pessoal. Também informou estar tomando medidas, como intensificar a limpeza o ambiente de trabalho e dos refeitórios, instalou dispensadores de álcool gel em pontos estratégicos, além de determinar a distância de um metro entre os funcionários.

Além de tais medidas, eventos presenciais com mais de 20 pessoas também foram abolidos ao mesmo tempo que é estimulada a utilização de recursos como videoconferências para reuniões com mais de 10 participantes viagens nacionais e internacionais a trabalho (até mesmo os deslocamentos de táxi) estão suspensas, e a empresa tem desaconselhado também viagens pessoais de funcionários. As medidas tomadas pela FCA são similares às que Mercedes-Benz, Ford, General Motors, Renault, Toyota, Scania e Volvo tem tomado. Assim como distribuição de álcool gel, intensificação de limpeza e restrição de visitantes nas fábricas.

A GM diz que a orientação para o desenvolvimento de serviços de caso é uma medida global. “Em relação às implicações da pandemia na cadeia produtiva, a GM está em contato diário junto aos seus fornecedores globais. Até o momento, nossa produção local não foi impactada”, acrescentou.

Sindicato pede paralisação dos funcionários

As medidas, no entanto, não estão sendo observadas com bons olhos pelo pelos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região decidiu exigir que todas as empresas metalúrgicas concedam licença remunerada para os trabalhadores.

“A suspensão dos trabalhos é uma medida urgente e necessária e deve ser acompanhada de políticas públicas de prevenção por parte dos governos federal, estadual e municipal”, afirmou a entidade. Inclusive, cartas com tal reivindicação já foram encaminhadas na segunda-feira às empresas instaladas em municípios da base do sindicato, como General Motors, TI Automotive, Eaton e Caoa Chery.

“Não podemos esperar que o vírus se alastre ainda mais. É preciso enfrentar a doença imediatamente. As empresas têm de assumir suas responsabilidades e tomar todas as medidas para impedir que os trabalhadores se contaminem”, prosseguiu o sindicato em nota.

Com informações do portal AutoIndústria

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