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Mercedes-Benz e DAF prorrogam paralisações

Frente à situação atual da pandemia do coronavírus no Brasil, cujo aumento de casos confirmados e de mortes provocadas pelo Covid-19 segue crescendo diariamente, a Mercedes-Benz decidiu estender até 2 de maio as férias coletivas que, a princípio, tinham término programado para 23 de abril. O retorno está previsto para a segunda-feira, 4 de maio, “a depender da situação do País”.

A Volkswagen foi a primeira a anunciar, na semana passada, prorrogação das férias coletivas no Brasil até o final de abril e a DAF Caminhões comunicou também na última sexta-feira, 3, prorrogação do período de paralisação até 20 de abril. A Mercedes-Benz informa, em nota, que a medida foi adotada em prol do cuidado com seus colaboradores e familiares e também em razão dos impactos negativos da pandemia na indústria automotiva. A decisão abrange as unidades paulistas de São Bernardo do Campo e Iracemápolis e a mineira de Juiz de Fora. Todos os seus funcionários já estavam em casa desde 23 de março, inicialmente em regime de folga e, a partir do dia 30, em férias coletivas.

Mercedes ficará paralisada até o dia 2 de maio, a depender da situação que o país se encontrar até lá

“O atual cenário traz grandes preocupações com nossos colaboradores e também, como não poderia deixar de ser, com a saúde financeira da empresa”, destaca a Mercedes-Benz. “Nesse contexto, vamos iniciar um processo de negociação com os sindicatos a fim de definir alternativas de gestão de mão de obra que possibilitem ajustar nossos atuais custos e volumes de produção à atual realidade”. A Mercedes-Benz não adiantou quais propostas pretende apresentar aos trabalhadores para contornar a situação após o fim das férias coletivas. A General Motors, por exemplo, já está negociando a adoção de lay-off com redução de salários da ordem de até 25%.

Decisão da DAF é mundial

O Grupo Paccar, que mantém operações no Brasil via a DAF Caminhões, anunciou a prorrogação do período de paralisação de todas as suas fábricas no mundo até 20 de abril, adiantando que tal iniciativa será revisada regularmente dependendo do quadro de pandemia nos locais onde atua. Ainda assim, a empresa lembra que continuará com todo suporte pós-venda aos seus clientes que fornecem suprimentos médicos, alimentos e serviços essenciais para as comunidades. Destaca, ainda, que os seus resultados financeiros de 2020 serão impactados por alterações nos cronogramas de produção neste período de pandemia, prometendo para 21 de abril a divulgação do balanço trimestral da empresa.

“O excelente balanço da Paccar, a experiente equipe de liderança e os funcionários de destaque contribuirão para que a empresa administre seus negócios com sucesso durante esse período difícil”, afirma Preston Feight, CEO do grupo. Segundo ele, a companhia está em uma forte posição financeira, com excelentes classificações de crédito de liquidez e grau de investimento A+/A1. “O caixa para manufatura e os títulos negociáveis foram de US$ 4,3 bilhões no final de março de 2020 e temos acesso às linhas de crédito existentes de US$ 3 bilhões”, complementa o executivo.

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