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Caminhões pesados sustentam alta nas vendas do segmento

Após a retomada das atividades no chão das fábricas de veículos comerciais, entre o fim de abril e o começo de maio, suspensas na ocasião em virtude das medidas de segurança contra a pandemia da covid-19, o segmento de caminhões, especialmente o de pesados, dá mostras de vitalidade em meio à crise.

As vendas de modelos da categoria no mês passado avançaram bem mais que o mercado de caminhões. Enquanto os emplacamentos do segmento somaram 9,5 mil unidades, em alta de 5,8% sobre julho do ano passado, os de pesados cresceram 14% na mesma base de comparação, com 5,1 mil veículos negociados, respondendo por 54,4% das vendas totais.

A categoria mais uma vez se apresenta como protagonista da recuperação do mercado de caminhões, como já vinha atuando nos últimos dois anos. Ferramenta para cumprir longas distâncias rodoviárias, é o principal modelo absorvido pelo agronegócio para o escoamento da produção do campo.

Diante da estimativa de mais uma safra recorde, as montadoras já têm um bom problema para administrar. “Quem compra um pesado ou extra-pesado hoje só receberá o caminhão entre outubro ou novembro”, revela Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

O resultado até agora não significa que a categoria esteja imune à crise. No acumulado do ano ainda persiste uma queda 16,4%, de 28,5 mil pesados vendidos de janeiro a julho do ano passado para 23,8 mil no mesmo período de 2020.

Pela avaliação do representante da federação dos distribuidores de veículos, o recuo se deve “à redução na produção das montadoras que, se estivesse normalizada, poderia atender à demanda que temos tido.”

Em julho, com exceção do mercado de caminhões leve, que registrou queda de 26,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, todas as outras categorias anotaram crescimento. As vendas de semipesados avançaram 1,6%, para 2,2 mil unidades, os médios, 6,7% (854) e os semileves, 7,12% (481).

Dentre os três pesados mais vendidos no mês passado, o Mercedes-Benz Actros 2651 liderou, com 518 emplacamentos ou 10% das vendas da categoria. O Volvo FH 540 ficou na vice-liderança com 508 unidades entregues (9,8%) e o DAF XF105 ficou a terceira posição com 437 licenciamentos (8,4%).

Fonte: Auto Industria

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