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Abraciclo prevê produção de 1,29 milhão de motocicletas neste ano

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) prevê a continuidade do crescimento do setor este ano, apesar de a indústria ainda estar enfrentando dificuldades.

Conforme a Abraciclo, o ano de 2021 foi encerado com a produção de 1,19 milhão de motocicletas pelos fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus, AM – quantitativo que representa alta de 24,2% ante 2020. Número também foi superior ao registrado em 2019, período pré-pandemia.

Para este ano, a entidade projeta crescimento de 7,9%, com total de 1,29 milhão de unidades saindo das linhas de montagem das associadas. No varejo, a expectativa é que sejam emplacadas 1.230.000 motocicletas, o que corresponde a uma alta de 6,4% em relação a 2021 (1.156.074 unidades). As exportações deverão totalizar 54.000 unidades, alta de 1% sobre o volume registrado no ano passado (53.476 motocicletas).


Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, explica que o avanço dos serviços de entrega e o maior uso da motocicleta nos deslocamentos urbanos, devido ao aumento dos preços dos combustíveis e a disponibilidade de crédito, estão entre os fatores que devem fazer a demanda pelo segmentos duas rodas continuar em alta.

EMPLACAMENTOS EM 2021
Os emplacamentos de motocicletas totalizaram 1.156.074 unidades em 2021, alta de 26,3% na comparação com 2020 (915.157 motocicletas), segundo dados da Fenabrave. “As limitações nas linhas de montagem fizeram com que, em 2021, tivéssemos dificuldade em atender à demanda crescente. Hoje a fila de espera é de cerca de 30 dias para modelos de baixa cilindrada e scooters. A tendência para os próximos meses é de normalização. Todas as associadas estão se esforçando para atender ao consumidor que espera, quer e precisa de uma motocicleta nova”, enfatiza Fermanian.

A Scooter foi a categoria que registrou o maior crescimento anual. Foram licenciadas 107.285 unidades, volume 40,9% superior ao registrado em 2020 (76.129 motocicletas). “Apesar de ter 9,3% de participação no mercado, as Scooters estão ganhando cada vez mais espaço nas ruas, graças à sua praticidade, versatilidade e baixo consumo de combustível. A tendência é de que a procura cresça ainda mais”, analisa o presidente da Abraciclo.

As motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cilindradas), que são as mais utilizadas nos serviços de entrega, responderam por 80,7% do mercado, com 932.797 unidades emplacadas. A participação dos modelos de média cilindrada (de 161 a 449 cilindradas) no total de licenciamentos foi de 15,5% (179.481 unidades). Já as motocicletas de alta cilindrada (acima de 450 cilindradas) representaram 3,8% do mercado (43.796 unidades).

MAIS VENDIDAS
Com 76,25% de participação no mercado, motocicletas Honda foram as preferidas pelos brasileiros em 2021. Foram emplacadas no ano 882.483 unidades da marca, conforme a Fenabrave. A Yamaha focou em segundo lugar, com 201.666 emplacamentos. A terceira marca mais vendida do ano foi a Shineray (13.767). BMW (11.904) e Kawasaki (8.997) vêm em seguida.

Em relação aos modelos, as cinco motocicletas mais vendidas são da Honda. A Honda CG 160 foi a moto mais comercializada de 2021. Ele foi a escolhida por 315.141 mil clientes no ano. A Biz ficou em segundo lugar, com 159.538 emplacamentos. A NXR 160, em terceiro com 128.288. A Pop (105.899) e CB 250F Twister (40.926) completam o top 5.

Em sexto lugar, está a Yamaha XTZ, com 32.258 emplacamentos registrados, seguida de muito perto pela Yamaha YBR 150 (32.111). A Yamaha FAZER 250 (31.263), a Honda XRE 300 (30.949) e a Honda PCX 150 (28.135) completam o ranking das dez mais vendidas do ano passado.

Foto: Divulgação
Tabelas: Abraciclo e Fenabrave

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