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Grupo Samam vende mais de 5.500 veículos e cresce 11% em 2023

 

ENTREVISTA ESPECIAL – HENRIQUE JÚNIOR, superintendente do Grupo Samam

Crescer e consolidar uma marca não são tarefas fáceis. Desde a gestão de recursos financeiros até a adaptação às mudanças do mercado, uma empresa passa por diversos processos complexos e desafios inusitados. É justamente nessa hora que a inovação e a construção de uma equipe sólida fazem a turbulência se tornar calmaria, chegando ao sucesso. Esse é o caso do Grupo Samam, que alcançou a marca de 5.500 carros vendidos, entre novos e seminovos, tendo um crescimento de 11% em relação a 2022. Mais de 310 tratores, máquinas e caminhões foram comercializados, mais de 18 mil pneus vendidos e cerca de 33.777 passagens nas oficinas das concessionárias também foram contabilizadas.

“Nós crescemos 11%. O Brasil emplacou 11% a mais do que o ano de 2022 e o mercado de Sergipe emplacou 20% a mais do que o ano anterior, cresceu bem mais do que o mercado nacional, eu diria que mais por uma renovação de frota das locadoras que atendem o Governo do Estado. Houve uma renovação de frota muito grande esse ano, os carros da Polícia Civil, Polícia Militar, que é um volume muito grande de automóveis e caminhonetes, foram todos renovados em 2023. Isso influencia muito no mercado interno e dá a liderança a uma marca, toma a liderança de outra, porque o número representa um número muito alto dentro do mercado pequeno. Foi muito bom. Sergipe cresceu 20%.”

Além das concessionárias, o Grupo Samam também é mantenedor da Usina Taquarí – que produz etanol e açúcar – na região do Vale do Cotinguiba, no município de Capela/SE, que somente em 2023, produziu mais de 32 milhões de quilogramas de açúcar e mais de 37 milhões de litros de etanol.

Da usina sucroalcooleira no interior do estado a projetos inovadores da marca para 2024, Henrique Júnior é o entrevistado da vez e conta um pouco mais sobre a história de sucesso do Grupo Samam. Confira agora a entrevista completa.

Usina

● (GARAGEM SERGIPE) Quais são os principais desafios enfrentados pela indústria de etanol e açúcar atualmente e como a Usina Taquarí está lidando com esses desafios? Além disso, como a usina se adapta às flutuações nos preços das commodities e demanda de mercado?

(HENRIQUE JÚNIOR) “Está sendo uma safra muito boa. O tempo está ajudando muito. Temos sol com algumas pancadas de chuva bem periódicas, não tem atrapalhado e tem ajudado muito ao campo. Esse ano está sendo uma safra açucareira onde 75% da nossa produção vai para o açúcar e 25% para o etanol, porque o etanol baixou muito de preço, e o açúcar melhorou no mercado externo, melhorando automaticamente o mercado interno. A flutuação de preço das commodities é isso. Esse ano é um ano açucareiro”.

● (GS) Onde estão os principais consumidores dos produtos da Usina Taquarí?

(HJ) “O açúcar produzido, 60% vai para a Bahia e 40% fica em Sergipe. Já o etanol, 70% fica em Sergipe e 30% ele vai para a Bahia.”

● (GS) Além do preço acessível, quais outros motivos para o consumidor optar por etanol na hora do abastecimento?

(HJ) “O consumidor precisa conhecer mais sobre o etanol. O etanol é o nosso combustível puro, combustível verde. Ele é mais verde ainda do que o carro elétrico, que o carro elétrico ainda precisa produzir a bateria que a cada cinco anos tem um descarte e é 100% químico, e o etanol não, então não é produzido por nós, pelo campo… É muito melhor você rodar com etanol do que a gasolina. O etanol não estraga, não polui, ele não corrói o motor. Se você abrir um motor de um carro que roda com álcool 100 mil quilômetros e um carro que roda com gasolina, a diferença é muito grande do etanol. Ele vai estar com o motor limpo, limpo como zero, e o da gasolina vai estar lá cheio de crosta. O brasileiro precisa usar mais o etanol”.

Concessionárias

● (GS) Qual é a visão estratégica do Grupo Samam para representar múltiplas marcas automotivas em Sergipe?

(HJ) “O mercado mudou muito. Antigamente, você tinha a Fiat como uma marca de produtos populares e a Honda com a marca de produtos de luxo, de alto nível. Hoje você não tem mais carro popular. O carro que mais vende no nosso mercado hoje custa 120 a 130 mil reais. O carro popular, que é o carro de 70 mil reais, ele é dos que pouco vendem no mercado brasileiro hoje. Então o mercado mudou. Todas as marcas hoje trabalham com produtos de primeira. São produtos que têm ticket médio de produtos com 150 mil reais. Você vê, esse ano de 2023 nós tivemos vários meses onde o carro mais vendido em Sergipe foi o Jeep Compass, que é um carro de luxo, então o grupo está bem antenado a isso. O atendimento que a gente tem para o cliente indefere da marca. O atendimento é o mesmo e por isso que o grupo Samam cresce tanto, porque o cliente sabe disso, sabe da qualidade do nosso atendimento, sabe da qualidade da nossa equipe, sabe da qualidade do nosso pós-venda, que nós somos muito fortes. Sempre fomos muito fortes no pós-venda, na necessidade do cliente e na hora da compra é uma maravilha. O cliente quer comprar carro, todo mundo é bom na hora de dar assistência e você conhece realmente quem é o concessionário, quem é o seu parceiro. É aquele que não vai lhe deixar na mão, é aquele que vai lhe atender o mais breve possível. É aquele que vai conseguir a peça para repor a sua peça o mais rápido possível. É aquele que tem o maior estoque de peças para poder girar e atender o seu cliente. Aí é onde o grupo se destaca, é no pós-venda. É aí que nós fazemos a segunda venda, com um bom atendimento no pós-venda.”

● (GS) Como o Grupo Samam se diferencia na abordagem de vendas e serviços para marcas tão distintas como Fiat, Honda, Hyundai, Jeep e RAM? Quais são os principais desafios enfrentados ao lidar com uma variedade de marcas e seus respectivos públicos-alvo?

(HJ) “Nós não temos uma abordagem diferente. Se eu mudar o meu gestor, ele vai trabalhar do mesmo jeito de uma marca para outra. Se eu mudar o meu recepcionista, o atendimento é o mesmo. Tanto faz na Fiat como na Honda, como na Jeep, como na RAM, como na Hyundai, ele vai ter o mesmo atendimento, então o cliente não tem diferença, não sente a diferença. Cliente do Grupo Samam pode ter em casa o carro dele de ir pra fazenda, uma RAM, o carro da esposa, um Compass, e o carro do filho, um Abarth. Eles todos vão ser atendidos dentro do grupo Samam e não vão sentir diferença, a recepção é a mesma, o atendimento é o mesmo, a cordialidade é a mesma. Não dá para você distinguir hoje, o cliente que compra um Honda HR-V é o mesmo cliente que compra um Fastback, que é o mesmo cliente que compra um Creta, que é o mesmo cliente que compra um Jeep, e ele está ali no atendimento, então não tem diferença. O público é o mesmo. São tratados exatamente iguais.”

● (GS) Como o Grupo Samam está se preparando para a crescente demanda por veículos elétricos e híbridos, e qual é a estratégia da empresa para se posicionar nesse mercado em evolução?

(HJ) “Nas Américas, o mercado mostra que o elétrico ainda vai demorar muito para poder valer a pena. O híbrido já é uma realidade. Então, se você olhar os números, híbridos e elétricos juntos no ano de 2023 já representou 5% da venda total do Brasil. Em 2024, há uma perspectiva de chegar a 15%. 15% dos carros vendidos no ano de 2024 serão híbridos ou elétricos. Só que o percentual aí é praticamente 80% em híbridos e 20% elétrico, então é uma realidade. O híbrido é um crescimento grande de todos os produtos. Todas as marcas estão virando para ter em suas linhas o carro híbrido e o carro elétrico, híbrido em maiores volumes. Este ano nós vamos ter Jeep e Fiat híbridos, e híbridos de etanol do Flex, onde ele vai ter realmente o motor puro, que ele não vai rodar a gasolina, ele vai rodar ou na energia ou no etanol, então são motores novos que estão chegando no segundo semestre que vão equipar novos modelos tanto da Jeep como da Fiat. A Honda já tem hoje híbridos, nós já temos o Accord e já temos o CRV, já temos o Civic e o CRV, todos esses já são híbridos, então já temos eles na Honda. A Hyundai no segundo semestre já vai ter o carro híbrido também. A Hyundai vai ter um crescimento muito grande no ano 2024, já que ela acabou a parceria que tinha com a CAOA e a partir de 2024 toda a linha de Hyundai importados vão vir pela própria Hyundai e vão ser vendidos nas concessionárias Hyundai. Vão ser fechadas as últimas casas que tem ainda de Hyundai CAOA e todas as lojas vão ser Hyundai e vão vender todos os produtos nacionais e importados. A Hyundai acredita que cresce neste ano 2024 em 30% o número dela com a chegada da linha de importados através da própria Hyundai e não pela CAOA, como era no passado”.

● (GS) O Grupo Samam estuda a possibilidade de representar uma marca de elétricos em Sergipe?

(HJ) “Sim, nós já estamos conversando. Estamos conversando com três grupos de produtos importados e que terão fábricas no Brasil também, de produtos que vão trazer elétricos e híbridos. E volto a falar, o elétrico ainda vai demorar muito para pegar. Falta muito investimento para poder compensar a pessoa rodar num carro elétrico. E o híbrido, por enquanto, teremos em todas as marcas, mas ainda com um custo bem mais alto, onde o cliente tem que fazer muita conta para ver se vale a pena fazer esse investimento ou continuar no motor a combustão, no motor que hoje ele roda flex”.

 

Com a colaboração de Felipe Tavares

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