Honda e Nissan devem firmar parceria para elétrico acessível
Duas rivais se juntando para fazer um produto em comum? Poucas vezes isso aconteceu na indústria automotiva, e agora um rumor vindo do Japão virou realidade: Nissan e Honda vão se juntar. As marcas assinaram um memorando de entendimento para um estudo de viabilidade para explorar o potencial de veículos elétricos desenvolvidos em conjunto. Caso enha mesmo este acordo a parceria envolverá ainda o trabalho cojunto em software.
Mediante a confirmação, o plano é que os esforços sejam direcionados para “plataformas de software automotivo, componentes principais relacionados a EVs e produtos complementares”. A parte do software pode estar relacionada à segurança e/ou às tecnologias de direção autônoma, já que o comunicado à imprensa publicado por ambas as empresas fala em “zero fatalidades em acidentes de trânsito”. Hpa ainda uma meta compartilhada de alcançar neutralidade de carbono.
Em relatório publicado pela Nikkei Asia há alguns dias, ambas querem desenvolver uma nova plataforma exclusiva para elétricos, o que poderia se estender para a engenharia dos veículos como um todo, incluindo investimentos conjuntos para a compra de um trem de fora e baterias comuns.
Guerra elétrica
A parceria seria boa não só para o desenvolvimento mas também para otimizar custos de pesquisa e desenvolvimento. Vale lembrar que a parceria de outrora da Honda com a GM não existe mais, sendo que provavelmente a colaboração se limite ao Honda Prologue e o Acura ZDX. A Nissan, por sua vez, tem a Renault como parceira quando se trata dos elétricos, já que a próxima geração do Micra será fortemente baseada no renascido Renault 5. Ele usará cerca de 80% das mesmas peças e entrará em produção em 2026 na fábrica da Renault em Douai, no norte da França.
Vale lembrar que o segmento dos elétricos está em efervescência. Com a concorrência forte da China, o Grupo Volkswagen e a Stellantis estão dobrando a aposta nos veículos elétricos, então é óbvio que as japonesas não querem perder o bonde. Com o memorando de entendimento, depende muito de um acordo final para que a parceria seja firmada.