Sobrenome “Mini” pode render processo da BMW à BYD
A ideia da BYD de rebatizar o Seagul como Dolphin Mini em outros países, como Brasil e México, pode resultar em processo judicial. A BMW, dona da marca inglesa Mini, não gostou muito da ideia e prova disso ocorre do outro lado do mundo, na Austrália: lá a a fabricante chinesa solicitou recentemente o registro de patente do nome. A solicitação ainda depende de confirmação e, no que depender da vontade da BMW, jamais será aprovada.
Em declaração recente, o porta-voz da divisão local da Mini na Austrália informou estar ciente dos pedidos da BYD sobre o registro do nome “Dolphin Mini” e avalia processar a marca chinesa pelo uso do nome. “O assunto está atualmente sob análise do nosso departamento jurídico e opamos por não fornecer mais comentários sobre o assunto em andamento”, disse.
Imbróglio
O que a BMW quer é evitar qualquer tipo de similaridade ou associação do nome do compacto chinês com o da marca inglesa. Para efeito de informação, a marca “Mini” é registrada sob a batuta da BMW há mais de 25 anos, mais precisamente desde 1997, e controla o nome “Mini Cooper” desde junho de 1996. Nesse interim, nunca houve nenhuma montadora que tenha solicitado o registro da marca ou nomenclatura em aplicação em veículo motorizado na Austrália.
Por outro lado, Lude Todd, que é o diretor administrativo da EVDirect, empresa responsável pela comercialização de veículos BYD na Austrália, disse que “é um curso normal dos negócios impedir que outros registrem os nomes dos modelos da BYD” e que “não confirma que o veículo está entrando no país, nem descarta isso”. Dessa forma, caso o Seagull venha a ser lançado na Austrália com o nome de Dolphin Mini, ele disputará clientes com o o próprio Mini Cooper EV e dividirá com este parte do próprio nome, porém custando bem menos.