Envelhecimento da frota: idade média dos carros em circulação no Brasil supera 11 anos
Dos 38,4 milhões de unidades de automóveis em circulação, idade média de apenas 21,3% foi de até 5 anos
Nessa quarta, 24, o Sindipeças publicou o seu ‘Relatório da Frota Circulante’. No material, constam atualizações e particularidades referentes ao número de veículos que circulam no país.
Segundo a entidade, em 2023, a frota brasileira atingiu 47 milhões de veículos, entre leves e pesados, e 13, 2 milhões de motocicletas. Entre as informações apresentadas na publicação, chama atenção a idade média dos veículos brasileiros.
“Segue firme o processo de envelhecimento da frota brasileira. A idade média foi de 10 anos e 10 meses para autoveículos e 8 anos e 4 meses para motocicletas. Nos últimos 10 anos o envelhecimento da frota de autoveículos aumentou em mais de 2 anos”, aponta o levantamento.
Idade por segmento
De acordo com o relatório, a idade média dos veículos no segmento de automóveis chega a 11 anos e 1 mês. Comerciais leves atingiram 8 anos e 9 meses; caminhões, 12 anos e 2 meses; os ônibus, 11 anos e três meses. Veja o processo de envelhecimento da frota brasileira no decorrer dos anos na imagem abaixo.
Sobre os automóveis, o levantamento do Sindipeças mostra que a frota em 2023 totalizou 38,4 milhões de unidades. “Desse total, a idade média de 21,3% foi de até 5 anos (22,7% em 2022), faixa representada por 8,2 milhões de veículos; 24,3% com idade entre 6 e 10 anos (26,5% em 2022), com 9,3 milhões; 31,2% com 11 a 15 anos (29,8% em 2022), com 12,0 milhões representou o intervalo mais expressivo; 17,5% de 16 a 20 anos (15,3% em 2022), com 6,7 milhões; e 5,7% com mais de 20 anos (5,7% em 2022), 2,2 milhões”, detalha o sindicato.
Conforme a entidade, o encarecimento do valor do veículo devido à incorporação de novas tecnologias, seja por itens de segurança ou energia limpa, além das altas taxas de juros, nível elevado de inadimplência, dificuldade de obtenção de crédito e desvalorização cambial não oferecem um cenário propício para alterar essa realidade. Para o Sindipeças, políticas públicas são necessárias para propiciar uma transformação mais profunda nesse campo.
“Transformar o cenário automotivo no Brasil, impulsionando-o para posições mais altas no ranking automotivo mundial, seja em vendas, seja em produção, exige estabilidade macroeconômica a médio/longo prazo, aliada à implementações de políticas públicas que incentivem a renovação da frota circulante e, consequentemente, garantam um trânsito mais sustentável, do ponto de vista de segurança veicular e ambiental”, defende o sindicato na publicação.
Foto: Gil Fonseca