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MPF aciona a Justiça por falhas de segurança no Chevrolet Onix; GM pode ter que pagar indenização bilionária

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com um pedido de condenação contra a General Motors do Brasil, cobrando a responsabilidade pela venda de quase 1 milhão (969.719) unidades do Onix. O MPF argumenta que esses veículos, fabricados entre 2012 e 14 de janeiro de 2018, não atendem aos padrões de segurança exigidos pela legislação brasileira e expõem os consumidores a riscos significativos de lesão. Além do pedido de recall para corrigir as falhas estruturais, o MPF exige que a GM pague danos morais coletivos.

O valor da indenização sugerido é de até 5% do faturamento bruto obtido pela fabricante com as vendas do Onix desde seu lançamento, o que, segundo estimativas, pode alcançar a marca de R$ 2,5 bilhões.

Entenda o caso: 
O Chevrolet Onix foi alvo de um teste rigoroso realizado pelo Latin NCAP, em maio de 2017, que resultou em um desempenho negativo para o modelo. O compacto não apenas obteve uma nota ruim no impacto lateral, mas também demonstrou uma falha grave na proteção do ocupante. A alta compressão no peito do passageiro e a significativa penetração na estrutura do veículo chamaram a atenção para a vulnerabilidade do carro em caso de colisões.

Esse resultado levou a General Motors a implementar melhorias estruturais, com o reforço das colunas A e B com aços de alta resistência. Essas mudanças foram introduzidas nos modelos de 2018, com o objetivo de aumentar a segurança dos ocupantes. 

Em resposta, divulgada em sites automotivos, a General Motors se limitou a afirmar que o modelo em questão seguia as normas e regulamentações técnicas vigentes no Brasil, sem comentar detalhes sobre o andamento do processo judicial. A fabricante reforça que o Onix, mesmo nos modelos anteriores à mudança estrutural, atendia às especificações legais da época. 

 Foto: Latin NCAP

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