Honda WR-V: Linha 2021 ganha itens de conforto e segurança
Presente há quase quatro anos no mercado nacional, o WR-V ainda é um dos modelos mais recentes da Honda nas ruas e avenidas brasileiras. Mas nem por isso ele deixou de receber atualizações na linha 2021. Além da óbvia investida da concorrência (Volkswagen Nivus que o diga, só pra ficar nos SUVs compactos), o modelo já se aproxima do meio do seu ciclo de vida, que geralmente é no quarto ano de produção.
Então o que a Honda fez para mantê-lo atual? Por fora, olhos mais atentos perceberão que o para-choque dianteiro ficou com um visual mais agressivo, com a substituição da grade em colmeia por filetes horizontais. Na traseira, o para-choque ficou 6,7 cm mais comprido, deixando o SUV compacto com mais volume e aspecto mais robusto, algo também realçado pelas novas rodas de 16 polegadas e pneus de perfil mais alto.
Outro detalhe perceptível na versão EXL testada (a topo-de-linha da gama, que está custando cerca de R$ 100 mil), são os faróis com projetores de LED (mesmo material dos milhas), bem como as lanternas traseiras com o mesmo visual. Chama atenção também a cor Azul Cósmico Metálico, lançada na linha 2021 e presente no modelo testado.
Mais equipado
Para fazer frente à concorrência, o WR-V ganhou em itens. A versão de topo, além dos já citados faróis e lanternas em LED, ainda agrega novos itens como rebatimento elétrico dos retrovisores, controles de tração e estabilidade e tração e sensor de pressão dos pneus. A segurança é complementada por novos itens como assistente de partida em rampa, luzes de frenagem de emergência e seis airbags.
Por dentro, a maior mudança ficou por conta de mais detalhes em “black piano” no painel (que engloba navegação via satélite na central multimídia na versão mais cara), além de novos detalhes cromados no volante. Os bancos em couro são exclusivos da versão EXL, sendo de tecido nas LX (nova versão de entrada) e EX.
Em todas as versões continua o sistema “Ultra Seat”, que permite a excelente modularidade dos bancos, permitindo levar objetos altos e/ou longos dentro do SUV compacto. Se necessário, é possível rebater todos os bancos e transformar o WR-V num veículo de carga, inclusive.
Mais do mesmo, e isso não é ruim!
O motor em todas as versões permanece o 1.5 16v i-VTEC, que gera até 116 cv e 15,3 kgfm no etanol, administrado por um câmbio CVT que emula até sete marchas virtuais. Com maior foco no conforto, o conjunto se torna interessante com a possibilidade das trocas manuais, mostrando boa disposição. Não tem o “soco” em torque do concorrente Nivus, mas também não faz feio.
A condução lembra o Fit (do qual o WR-V “herda” a plataforma), oscilando um pouco mais nas curvas graças à suspensão e pneus mais altos, sem chegar a transmitir insegurança, mas também não permitindo maiores arroubos de esportividade. O barato desse SUV, mesmo, é aproveitar a condução mais macia (inclusive que a do “irmão” Fit), a direção elétrica e a suavidade do câmbio CVT para se aventurar na dura vida dentro da selva de pedra.