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Acidente em Sergipe pode gerar recall em massa de airbags

Um acidente ocorrido em Sergipe é o ponto inicial de uma investigação que pode resultar em um recall em massa de vários veículos.

Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) confirmou, que a investigação da Polícia Civil de Sergipe e o laudo feito por peritos do Instituto de Criminalística (IC) do estado sobre a morte de um motorista devem gerar uma onda de recalls de airbags fabricados pela empresa japonesa Takata.

O acidente, que ocorreu em 20 de janeiro deste ano, resultou na morte do motorista Plínio Lobato. Segundo o procedimento investigativo, a vítima colidiu na traseira do carro que estava à frente. A Perícia Técnica constatou que a morte de Plínio Lobato foi decorrente da ruptura anormal do insuflador do airbag do volante, que lançou peças metálicas. Uma dessas peças atingiu o pescoço da vítima, causando uma lesão gravíssima, que o levou à morte. Desse modo, a investigação concluiu que a morte da vítima foi decorrente de um defeito preexistente no airbag do próprio veículo.

Plínio foi a primeira vítima fatal no Brasil dos chamados “airbags assassinos”, que já deixaram várias vítimas fora do Brasil, com lesões corporais graves ou com mortes. Sete dias depois, um acidente similar aconteceu no Rio de Janeiro e também deixou uma vítima fatal.

As empresas de veículos que utilizam os airbags da fabricante japonesa já foram notificadas pela justiça. Mundialmente, os airbags da Takata já motivaram o maior recall da história. O problema afeta mais de 100 milhões de veículos globalmente, produzidos entre o fim dos anos 90 e meados da década de 2010. Em linha por 15 anos, o Chevrolet Celta só teve airbags por dois anos: de abril de 2013 até sair de linha, em abril de 2015.

No Brasil, mais de 3,5 milhões de veículos de diversas marcas já foram convocados para o recall do defeito. A própria Chevrolet chegou a convocar recall para troca das bolsas dos modelos Agile, Montana, Sonic, Cruze e Tracker fabricados entre 2012 e 2018, totalizando 291.619 veículos, de acordo com o Procon-SP, mas até o momento não convocou os modelos Celta.

A Senacom notificou a Chevrolet para apresentar esclarecimentos e formalizar o recall do veículo afetado. Em caso de recall confirmado, a fabricante precisará se explicar ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e estará sujeita à abertura de um processo administrativo. Caso seja comprovado que a fabricante tem algum tipo de culpa, poderá ser multada em até R$ 10 milhões.

Fonte: SSP/SE

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