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Fábrica de Betim receberá investimento de R$ 14 bilhões da Stellantis visando modelos híbridos

Que a Stellantis anunciou um investimento recorde de R$ 32 bilhões no Brasil já era sabido, mas agora estão saindo os detalhes de como este aporte será destinado. Além dos R$ 13 bilhões que irão para Goiana (PE), outros R$ 14 bilhões irão para o complexo mineiro de Btim, no maior investimento já realizado por lá.

Os aportes fazem parte de um novo ciclo que irá de 2025 a 2030 e visa  iniciar a produção de motores híbridos-flex e novas arquiteturas, para lançar 40 veículos até o final da década. Neste momento, a empresa trabalha para encerrar o ciclo de investimentos anterior, aplicando os R$ 454 milhões restantes para ampliar a capacidade de produção de motores em Betim, onde são feitos os propulsores da linha Firefly e a versão turbo GSE.

Parte do ferramental, inclusive, foi importada da Europa, mediante um crédito recebido do governo pelo investimento em inovação e descarboniação. Com isso, a capacidade de construção de motores subirá de 750 mil para 1,1 milhão de motores anuais.

Híbridos-flex, sim senhor 

Um dos planos do conglomerado é que sejam produzidos propulsores híbridos-flex na planta mineira, com o nome Bio-Hyrid. Anteriormente, a Stellantis especificou que trabalhará com quatro tipos de tecnologia: micro-híbrido, híbrido convencional, híbrido plug-in e elétrico. Por enquanto, não especifica qual será o primeiro sistema eletrificado a ser feito no país ou qual será o carro que estreará a tecnologia, com a única certeza de que chega ainda este ano. A afirmação inclusive contraria o que foi dito anteriormente, de que o primeiro híbrido viria da unidade de Goiana.

Após a introdução do Bio-Hybrid, o grupo começará o trabalho nos próximos modelos a chegarem, em um total de 40 – o que implica que toda a linha passará por alguma renovação. O inestimento prevê a adoção de novas plataformas, 8 motorizações e novas tecnologias. Existe a espectativa de que a plataforma STLA seja nacionalizada, já permitindo a adoção de motorizações eletrificadas. Com isso, pode ser que a haja problemas para bases atuais, como a MP1 de Argo e Cronos e a MLA de Pulse e Fastback.

Os híbridos ainda não foram definidos e a própria Stellantis não declara nada a respeito, dizendo apenas que irá oferecer a tecnologia “onde houver mais demanda”. A justificativa é o custo de produção, o que consequentemente aumenta o valor final do veículo.  “Novas tecnologias aumentam o custo do produto. Se queremos ser acessíveis, se queremos que nossos carros possam ser comprados pela maior parte dos nossos clientes, precisamos ser eficientes no custo”, explica Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para América do Sul.

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