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Senador Rogério Carvalho sugere turismo em plataformas desativadas da Petrobras

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) propôs à Petrobras que as plataformas desativadas da companhia sejam reaproveitadas como complexos turísticos ou para outras atividades econômicas. Ele defende que diversas atividades poderiam ser desenvolvidas nas estruturas em desuso, como aquicultura, uso das estruturas para fixação de recifes de coral e instalação de complexos turísticos com hotéis, restaurantes, teleféricos e experiências de mergulho e pesca.

A sugestão está na indicação (INS) 66/2024, enviada à presidente da empresa, Magda Chambriard. Destacando que a iniciativa deveria ficar a cargo da iniciativa privada, sem a aplicação de recursos públicos, na INS o senador pede que a Petrobras desenvolva estudos para analisar a viabilidade da proposta.

Entre 2024 e 2028, a Petrobras planeja gastar US$ 11 bilhões no descomissionamento de 23 plataformas. O descomissionamento ocorre quando a capacidade produtiva do campo de petróleo se esgota, o que pode acontecer antes do fim da vida útil da estrutura. Para Rogério Carvalho, a empresa poderia reutilizar os equipamentos para outras finalidades, evitando a desmontagem e o transporte da sucata para o continente.

Como argumento a favor da iniciativa, o senador cita como exemplo o que está sendo implementado no Golfo Pérsico pela Arábia Saudita. “É o complexo chamado The Rig, construído a partir de plataformas de exploração de petróleo descomissionadas. Com previsão de inauguração em 2032 e localizado a 40 quilômetros do litoral saudita, o complexo foi planejado para se tornar uma importante atração turística, com foco em esportes de aventura”, justificou.

Segundo Rogério Carvalho, iniciativa semelhante poderia ser desenvolvida em plataformas desativadas na costa do Nordeste brasileiro. “As águas quentes, as temperaturas amenas, a presença constante do sol e a inexistência de fenômenos atmosféricos extremos na área das bacias produtoras poderiam ser aproveitadas em prol do turismo”, afirmou.

O parlamentar lembra ainda que o encerramento da produção de petróleo e gás “gera impactos econômicos e sociais negativos” para municípios e estados confrontantes, que deixam de receber os royalties. De acordo com ele, esses efeitos desfavoráveis seriam amenizados com “atividades alternativas, perenes e ambientalmente sustentáveis, como o turismo em alto mar”.

Contém informações da Agência Senado
Foto: Divulgação

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