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Montadoras demitiram 1,1 mil trabalhadores em junho

A crise do mercado automotivo brasileiro e a queda brusca na produção de veículos por causa da Covid-19 já se reflete no quadro de mão de obra do setor. Ao longo do mês de junho foram efetuadas 1,1 mil demissões, das quais 398 concentraram-se na fábrica da Nissan em Resende, RJ.

A diferença decorre de ajustes feitos por outras empresas, que voltaram a operar a partir de maio/junho mas em ritmo bem inferior ao da pré-pandemia, como lembra o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Levando-se em conta o total de funcionários há 12 meses, verifica-se redução de 5,2 mil empregos no setor. Eram 129,2 mil trabalhadores em junho do ano passado, número que baixou para 125,1 mil em maio e foi reduzido para 124 mil no mês passado.

E a situação tende a piorar a partir de outubro/novembro, quando vencem os acordos trabalhistas firmados a partir de abril com base na medida provisória 936, que teve por objetivo estabelecer redução de jornada e de salários justamente para evitar desemprego no País.

Na avaliação do presidente da Anfavea, é difícil prorrogar a MP por envolver verba do governo federal para garantia de parte dos salários dos trabalhadores que estão em regime de suspensão temporária de trabalho. Sem contar que a entidade aposta em retomada gradual do mercado, estimando que só em 2025 serão retomados os níveis de venda do ano passado.

Com exceção da Ford, que retoma atividades no próximo dia 13, todas as demais montadoras já estão operando, mas em apenas 1 turno ou no máximo em 2 para garantir maior distanciamento social dentro da fábrica. As vendas no mercado interno até reagiram em junho com relação a maio, atingindo 132,8 mil unidades, alta de 113% nesse comparativo, mas ainda estão bem aquém das realizadas há um ano.

Fonte: Auto Industria

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